Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 15% da população inadimplente ou que esteve nessa situação nos últimos doze meses, já fizeram empréstimos com financeiras que fornecem crédito a negativados. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que também faz parte do estudo, esse número sobe para 23% para inadimplentes com 55 anos ou mais. Ainda segundo o documento, sete em cada dez pessoas (75%) que pegaram empréstimo para limpar o nome não resolveram a situação financeira.
Confiram a reportagem do jornalista Ramon de Angeli, do Jornal Extra, que foi publicada no dia 25/04/2017 e que contou com a participação do consultor de empresas e especialista em finanças e economia, Alexandre Prado.
Boa leitura!
Quer SABER MAIS?
Leia abaixo o conteúdo preparado pelo Prof. Alexandre sobre este tema, com dicas de como lidar melhor com suas finanças.
Quais dicas você daria a negativados que queiram se livrar das dívidas sem contrair novas? Como a pessoa deve se organizar para tirar o nome do vermelho o mais rápido possível?
Quando uma pessoa fica negativada, provavelmente já está em uma situação financeira calamitosa onde não consegue quitar suas dívidas. Por este motivo, é mais importante ainda que tenha alguns cuidados na hora de contratar. Abaixo vão algumas dicas:
Vale pegar um empréstimo para pagar outro?
Vale a pena pegar um empréstimo para pagar outro se a taxa de juros do novo empréstimo for mais vantajosa que a do empréstimo anterior e se conseguir acomodar no orçamento pessoal ou familiar o valor da nova parcela.
Qual a taxa de juros ideal para um empréstimo?
A taxa de juros ideal é aquela que caiba no bolso do cliente. Normalmente as taxas de juros de empréstimos consignados e empréstimos pessoais tendem a ser muito mais baixas do que as do cheque especial e cartão de crédito.
Quais os cuidados necessários ao se pegar um empréstimo e não cair na armadilha dos juros altos?
É mais válido juntar dinheiro e pagar as compras à vista?
É sempre melhor juntar dinheiro e realizar compras à vista porque, além de ter maior poder de barganha, podendo até negociar descontos, não paga juros desnecessariamente.
Qual é o erro mais frequente na educação financeira dos brasileiros?
O principal erro na educação financeira dos brasileiros é que não há uma educação financeira institucionalizada, parte de políticas públicas de ensino. Esta matéria deveria fazer parte do conteúdo básico desde o início da educação escolar. O segundo erro mais frequente é quando a pessoa não sabe quanto ganha nem quanto gasta.