ESPECIAL ORGANIZE SUA VIDA, REVISTA LER E SABER – Nº1/2017

Por que achamos que o tempo passa cada vez mais rápido? Como a ansiedade, estresse e a vida moderna promove a sensação de tempo acelerado? E quanto ao excesso de informações e tecnologias?

Leia abaixo a íntegra do artigo publicado na edição número 01, da revista Ler e Saber, Especial Organize sua Vida, da editora Alto Astral que contou com a participação do professor, coach e consultor de empresas Alexandre Prado.

Logo após, leia também conteúdo adicional sobre como otimizar seu tempo.

Boa leitura!

  1. Por que achamos que o tempo passa cada vez mais rápido?

 

Primeiramente faz-se mister refletir: o que é o tempo? Em tese, tempo é a duração relativa das coisas, que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro. Assim, concluímos que o indivíduo tem bastante influência sobre seus ciclos e que, além disso, sua percepção sobre os períodos é primordial para entender a passagem do tempo. Ou seja, a percepção de tempo é individual.

No entanto, há várias hipóteses para esta percepção, mas uma das mais aceitas aponta que está relacionada ao enorme volume de informações e experiências a que estamos sujeitos atualmente, a cada instante. A conectividade aproximou as pessoas e acelerou a comunicação. Impulsionados pelos avanços tecnológicos, estaríamos nos distanciando de um suposto ritmo biológico natural, mais lento. Esse descompasso é que daria a impressão de que o tempo está passando mais depressa.

 

  1. Como a ansiedade, estresse e a vida moderna promove a sensação de tempo acelerado? E quanto ao excesso de informações e tecnologias?

 

As várias tecnologias existentes permitem que um indivíduo tenha acesso a um maior volume de informações quase que imediatamente. Lembremos que há um século, uma carta do Japão para o Brasil poderia demorar 1 mês, talvez mais. Hoje, em uma fração de segundos, o contato é feito, não entre duas pessoas, mas entre várias ao mesmo tempo. Lidar com esta velocidade é uma percepção pessoal. Alguns permitem-se afetar mais que outros, ocasionando ansiedade e estresse. Em verdade, o problema não está na velocidade do tempo, mas em nossa percepção sobre ele. A ânsia por saber mais, apresentar melhores resultados, em menor espaço de tempo, nos ajuda a aceleram ainda mais o nosso tempo, causando ansiedade e estresse.

 

  1. Os diversos aplicativos ajudam as pessoas a ter mais tempo. Por exemplo, com um app de banco, você consegue pagar as contas em casa, sem precisar perder tempo indo ao banco, o tempo na fila. Por que, mesmo com esse tempo economizado, as pessoas ainda não tem tempo, ou melhor, “faltam horas no dia”?

 

Os apps de bancos, de serviços de delivery (farmácias, supermercados, restaurantes, entre outros) facilita a vida do usuário que não precisa se deslocar até a loja física. No entanto, os indivíduos trocam este tempo pela busca de informações e conhecimento sobre assuntos de sua preferência. Não usam o tempo economizado no deslocamento para desacelerar, mas para simplesmente focar em outra coisa. Este foco exacerbado em vários temas é que pode gerar a sensação de tempo mais rápido.

 

  1. Como é a percepção do tempo entre faixas etárias (é um sofrimento uma criança esperar pelo aniversário, pelo Natal, enquanto um adulto ou idoso sempre fala “nossa como o ano passou rápido”)?

 

Para um jovem de 10 anos, por exemplo, chegar aos 15 parece levar uma eternidade – afinal, os cinco anos de diferença correspondem à metade do tempo já vivido pela pessoa. Já para alguém que está na casa dos 50 anos, os mesmos cinco anos representam apenas 10% de sua vida. Por isso, em geral a sensação de que o tempo está voando fica mais forte à medida que envelhecemos.

Há também uma explicação química: a dopamina, um hormônio que estimula a mensuração do tempo, também diminui com a idade. Por volta dos 20 anos, o nível cai, o que faz com que o tempo pareça passar mais rápido.

 

  1. Como analisar o dia e administrá-lo pode ajudar a ser mais produtivo?

 

As palavras de ordem são planejamento e equilíbrio.

A primeira deverá considerar as atividades que o indivíduo deseja realizar em um dia, agrupando-a, por relevância, entre imprescindíveis, importantes e supérfluas. Depois, estabelecer tempos de execução para cada uma delas.

A segunda – o equilíbrio – é fundamental para a máxima produtividade. Na medida em que o indivíduo estiver focado e seguir o que foi planejado, mas permitir-se pequenos intervalos para relaxar – a mente e o corpo – seus resultados serão ainda melhores. Equilíbrio também refere-se à vida pessoal e profissional em harmonia: ambas fazem parte de um indivíduo feliz!

Algumas dicas para uma rotina planejada, equilibrada e produtiva:

  • Deixe espaços na agenda e não preencha todos os momentos do dia com atividades; resista à tentação de fazer mais e mais e tente fazer o necessário;
  • Faça refeições na mesa em vez de ter um prato balançando sobre as pernas em frente à televisão ou ao computador;
  • Observe sua velocidade durante o dia: por força do hábito fazemos algumas coisas mais rápido do que precisamos;
  • Encontre um hobby que desacelere sua rotina, como pintar, caminhar ou fazer meditação;
  • Fique off-line – desligue toda a tecnologia que o cerca (internet, celulares, televisão) – pelo menos por alguns momentos, para poder relaxar, descansar e recuperar as energias é essencial.
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