Por que achamos que o tempo passa cada vez mais rápido? Como a ansiedade, estresse e a vida moderna promove a sensação de tempo acelerado? E quanto ao excesso de informações e tecnologias?
Leia abaixo a íntegra do artigo publicado na edição número 01, da revista Ler e Saber, Especial Organize sua Vida, da editora Alto Astral que contou com a participação do professor, coach e consultor de empresas Alexandre Prado.
Logo após, leia também conteúdo adicional sobre como otimizar seu tempo.
Boa leitura!
Primeiramente faz-se mister refletir: o que é o tempo? Em tese, tempo é a duração relativa das coisas, que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro. Assim, concluímos que o indivíduo tem bastante influência sobre seus ciclos e que, além disso, sua percepção sobre os períodos é primordial para entender a passagem do tempo. Ou seja, a percepção de tempo é individual.
No entanto, há várias hipóteses para esta percepção, mas uma das mais aceitas aponta que está relacionada ao enorme volume de informações e experiências a que estamos sujeitos atualmente, a cada instante. A conectividade aproximou as pessoas e acelerou a comunicação. Impulsionados pelos avanços tecnológicos, estaríamos nos distanciando de um suposto ritmo biológico natural, mais lento. Esse descompasso é que daria a impressão de que o tempo está passando mais depressa.
As várias tecnologias existentes permitem que um indivíduo tenha acesso a um maior volume de informações quase que imediatamente. Lembremos que há um século, uma carta do Japão para o Brasil poderia demorar 1 mês, talvez mais. Hoje, em uma fração de segundos, o contato é feito, não entre duas pessoas, mas entre várias ao mesmo tempo. Lidar com esta velocidade é uma percepção pessoal. Alguns permitem-se afetar mais que outros, ocasionando ansiedade e estresse. Em verdade, o problema não está na velocidade do tempo, mas em nossa percepção sobre ele. A ânsia por saber mais, apresentar melhores resultados, em menor espaço de tempo, nos ajuda a aceleram ainda mais o nosso tempo, causando ansiedade e estresse.
Os apps de bancos, de serviços de delivery (farmácias, supermercados, restaurantes, entre outros) facilita a vida do usuário que não precisa se deslocar até a loja física. No entanto, os indivíduos trocam este tempo pela busca de informações e conhecimento sobre assuntos de sua preferência. Não usam o tempo economizado no deslocamento para desacelerar, mas para simplesmente focar em outra coisa. Este foco exacerbado em vários temas é que pode gerar a sensação de tempo mais rápido.
Para um jovem de 10 anos, por exemplo, chegar aos 15 parece levar uma eternidade – afinal, os cinco anos de diferença correspondem à metade do tempo já vivido pela pessoa. Já para alguém que está na casa dos 50 anos, os mesmos cinco anos representam apenas 10% de sua vida. Por isso, em geral a sensação de que o tempo está voando fica mais forte à medida que envelhecemos.
Há também uma explicação química: a dopamina, um hormônio que estimula a mensuração do tempo, também diminui com a idade. Por volta dos 20 anos, o nível cai, o que faz com que o tempo pareça passar mais rápido.
As palavras de ordem são planejamento e equilíbrio.
A primeira deverá considerar as atividades que o indivíduo deseja realizar em um dia, agrupando-a, por relevância, entre imprescindíveis, importantes e supérfluas. Depois, estabelecer tempos de execução para cada uma delas.
A segunda – o equilíbrio – é fundamental para a máxima produtividade. Na medida em que o indivíduo estiver focado e seguir o que foi planejado, mas permitir-se pequenos intervalos para relaxar – a mente e o corpo – seus resultados serão ainda melhores. Equilíbrio também refere-se à vida pessoal e profissional em harmonia: ambas fazem parte de um indivíduo feliz!
Algumas dicas para uma rotina planejada, equilibrada e produtiva: